Eu sou meio novo ainda na área de mestrar e o meu grupo gosta bastante de batalha. Uma batalha não muito longa, mas épica -no sentido de uma boa batalha-.
Sei do método de ''construção de encontro'' do Guia do Mestre. O problema é que eu não tenho experiência com esse tipo de método e por isso gostaria de ouvir as suas experiências usando esse método.
Outra coisa que gostaria de ajuda seria como dosar de certa maneira a quantidade de batalhas. Pretendo mestrar uma campanha do estilo ''livre'', do estilo clássico, sem ser uma campanha de início, meio e fim. Por conta disso como eu dosaria a quantidade de batalhas por dia, digamos assim? Uma batalha por dia? Qual a dificuldade recomendada, etc.
Aceito também dicas de como acelerar o combate narrativamente, deixar o combate de certo modo mais fluído e menos robótico.
Agora é mais uma pergunta: O que é mais recomendado? O jogador revelar seus status durante a batalha ou evitar ao máximo revelar seus status? O porquê dessa pergunta é do motivo de que acredito eu que revelar seus status durante a batalha possa abrir brecha para metagame. Um exemplo seria o jogador dizer que está com metade da vida e assim que isso acontece o mestre usa o Palavra de Poder Matar em um jogador, ou vice-versa também.
Não tenho problemas no caso dos jogadores revelarem os status até porque na minha mesa possui o bom senso de metagame, porém acredito que realizar suas ações em combate com base na narração possa ser interessante. Por exemplo: o jogador narra que o personagem está sangrando bastante e aparentemente cansado, e através dessa narração, o mestre conjura o Palavra de Poder Matar no personagem. O jogador disse indiretamente que está com vida baixa, mas não exatamente abaixo de 100 de vida. Espero que tenha ficado claro minha opinião, mas é apenas uma ideia, não sei se na prática ela fica tão boa assim como penso.
Cara, o DM tem que saber tudo que tá rolando, agora, vc/os npcs usarem isso contra seus jogadores depende do inimigo. Vc precisa entender pra cada combate, qual o objetivo do inimigo, e quais suas capacidades, para entender o que o NPC faria. Um conjurador inteligente vai esperar um inimigo estar fragilizado para usar palavra de poder matar, p.ex., especialmente se for um clérigo ou conjurador inimigo. Ele vai ser tático. Um bicho selvagem defendendo seu ninho quer afastar ameaças, ele vai tentar intimidar os jogadores e não vai perseguir um personagem em fuga. Um predador procurando comida não vai arriscar a morte para comer - se começar a ficar difícil ele foge. E por aí vai. Se vc não conseguir entender o que os NPCs QUEREM, fica difícil entender como agem. Quanto a quantidade de combates - eu costumo fazer só um grande combate por dia/sessão, para evitar a fadiga. Cuidado pq isso torna p.ex o bruxo bem mais fraco e portanto precisa de ajustes (o jogo leva em conta normalmente umas 3-4 batalhas por dia dos personagens). Finalmente, sobre construir batalhas, não sei te dar uma dica muito precisa, é questão de prática mesmo. Minha sugestão maior é - pega mais leve nos primeiros níveis, e depois pode pegar mais pesado, pq os personagens ficam bem mais resistentes, podem fugir melhor, tem capacidade de ressurreição, essas coisas. Aprenda alguns truques para ajustar dificuldade durante o combate (reforços, habilidades especiais, ajustar HP, etc.) - o importante é ser discreto e coerente para não ser injusto, vc precisa ter cuidado nessa hora. Não vai dizer que o dragão que tava "quase morto"e no turno seguinte está tomando 150 pontos de dano e tá de boa. Tenta planejar algumas possíveis medidas para dificultar/facilitar o combate ANTES, pq aí vc já tá preparado e já informou os jogadores caso eles perguntem (p.ex, se um jogador for investigar se tem mais inimigos por perto e vc tinha pensado em reforços).